sábado, 16 de junho de 2012



O CÓDIGO DA VIDA  x  JACQUES WAGNER

O Código da Vida livro do jurista Saulo Ramos, envereda pelos caminhos tortuosos do direito no Brasil, ele vai oferecendo petiscos dos enredos da república, e entre as suas muitas histórias, uma faz referência direta ao episódio da renúncia do ex-presidente Jânio Quadros, e a embrulhada constitucional em que o mesmo envolveu-se.


Jânio inspirado por De Gaulle, renunciou a presidência da república, pensando que voltaria ao cargo nos braços do povo.


Conta Saulo Ramos que Jânio Quadros aconselhado por advogado inexperiente em direito constitucional (no caso Pedroso Horta) “que jurava por Deus ser necessária a aprovação do Congresso Nacional, no caso de renúncia do Presidente da República”, renunciou, viu-se o presidente envolvido na maior trapalhada constitucional de todos os tempos no Brasil.O mundo inteiro sabe o que nos aconteceu depois. 


Nosso alcaide-mor Jacques Wagner tem sentido na pele o que uma assessoria inepta pode provocar de desgaste e comprometimento na trama narrativa que se desenrola nos bastidores da governadoria em Ondina.

Primeiro: O governador viajou a Cuba no início de uma crise com a Polícia Militar da Bahia acreditando que estava tudo bem. O Galego como bom sindicalista, experiente e vivido, parece que perdeu o ponto da cocada, que ele aprendeu a fazer tão bem no movimento sindical da Bahia, pois em vez de delegar, deveria ele mesmo ter conversado com a tropa e suas lideranças e ter evitado um desgaste ao estado, aos militares e ao povo da Bahia.


Segundo: O governo da Bahia assinou com os professores do estado um acordo de intenções, mal produzido e mal interpretado, e ao que tudo indica selado e sacramentado pela assembleia legislativa do estado, que resulta numa greve longa e com desfecho imprevisível.

Costuma-se chamar de instabilidade jurídica a esses impasses, onde o direito é ameaçado na sociedade, inclusive o direito dos alunos assistirem suas aulas. É como se o direito não existisse. Mas em tempos de convulsão eleitoral, tudo é permitido.

Agora a cocada do Galego perdeu o ponto e esfriou na panela, onde os pais, os alunos e os eleitores a consumirão requentada pelos candidatos na nossa  próxima convulsão eleitoral.

A Bahia é de todos nós?

2 comentários:

  1. O que esse governador sabe fazer de melhor é tomar whisky e viajar de helicoptero. Ele brincou com a vida de um milhão de alunos, inclusive a do meu filho, o meu voto ele não vê nunca mais

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  2. Perfeita a sua análise. Desde a trapalhada de Janio (que o Brasil pouco conhece)até as trapalhadas de Wagner (que a Bahia está conhecendo). Gastronomicamente falando o galego colocou dendê na cocada e coco no Abará. É muito bom passear pelo seu blog. Hermes

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